quarta-feira, 12 de junho de 2013

Papel da Alemanha no EURO sendo julgado

Passagem tirada de artigo da revista The Economist, em 12 de Junho de 2013, falando sobre julgamento de inconstitucionalidade do "European Stability Mechanismus" arquitetado pelo Banco Central Europeu (BCE) para acalmar os mercados de dívidas de países em crise (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha).

Segundo este mecanismo, o BCE poderia comprar uma quantidade ilimitada de papéis desses países a fim de acalmar mercados e, assim, reduzir os juros cobrados pelo mercado para comprar esses papéis. Até agora não foi comprado nenhum papel de dívida, mas só a prontidão do BCE para fazê-lo já foi suficiente para acalmar os mercados.

O problema é que caso o BCE venha a comprar papéis de governos, e esses governos efetivamente deem o "calote" no BCE, os shareholders (acionistas) do BCE é que vão pagar a conta. O Bundesbank (Banco Central Alemão) é o maior shareholder do BCE. Então, em caso de compra de papéis por parte do BCE e de eventual calote por parte dos governos do papéis comprados, a conta seria paga pelo pagador de imposto alemão (pelo menos uma boa parte da conta).

Aí é que entra o argumento de inconstitucionalidade dessa política de compra de dívidas por parte do BCE. Não pode haver gastos do erário público que não votados pelo parlamento alemão.

Pois é, esse processo tá rolando em Karlsruhe (cidade onde fica a sede da Suprema Corte Alemã), mas segundo analistas da "The Economist", os juízes provavelmente passarão esse processo para a "European Court of Justice", em Luxemburgo.


"...The ECB’s president, Mario Draghi, promised last summer to do “whatever it takes” to save the euro. His tool was a programme to buy, without limits, the bonds of troubled euro-zone countries. These purchases would only be in the secondary markets, but would clearly keep yields low. The ECB has not so far bought a single bond under this programme. But its readiness to do so has calmed markets.

The German plaintiffs in Karlsruhe argue that this programme violates the ECB’s mandate. It fell to Mr Weidmann to argue their case. The central bank is supposed to make only monetary policy. Buying government bonds, he said, amounts to financing states and is thus a fiscal matter. That the ECB would buy from banks, not governments, makes little difference because it would still affect yields and thus the conditions for primary bond issues.

Moreover, if debtor countries defaulted, the ECB would make losses and would call on its 17 shareholders, the central banks of euro-zone countries, to pay. The Bundesbank is the largest shareholder. Ultimately, German taxpayers would foot the bill, yet Germany’s parliament never voted for the expense. This, goes the argument, is unconstitutional.

Mr Asmussen presented the ECB’s version. (Mr Draghi decided not to testify, perhaps feeling that an Italian would be less persuasive.) The ECB does not intend to finance governments, he said. But last summer, amid fears of a possible euro break-up, the ECB’s interest-rate signals were no longer being transmitted to markets. It needed the new programme to regain its ability to make monetary policy, he said. It thus remains within its monetary-policy mandate..."



To see the full article:

http://www.economist.com/blogs/charlemagne/2013/06/germany-and-euro

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Arsenal Atômico

Segundo dados do Instituto de Pesquisa de Paz Internacional de Estocolmo (Stockholm International Peace Research Institute, or SIPRI), o estoque nuclear mundial em Janeiro de 2013 contava com 17.270 bombas. Assim, houve uma queda bastante acentuada em comparação com as 60.000 bombas existentes em 1991.

A revista britânica "The Economist" argumenta que os países ocidentais tendem a ser mais honestos em relação a divulgação de informações de seus arsenais nucleares. A Rússia, por sua vez, não é tão aberta assim, mas ela mantêm um diálogo direto com os Estados Unidos sobre este assunto.



*Segundo o SIPRI, o Paquistão possui entre 100 e 120 ogivas nucleares. Aqui foi usado o número 110;
** Segundo o SIPRI, a Índia tem entre 90 e 110 ogivas nucleares, aqui foi usado o número 100;
*** Segundo o SIPRI, a Coréia do Norte tem de 6 à 8 ogivas nucleares. Aqui, 7.

Estas informações foram tiradas da edição online da "The Economist", em 03 de Junho de 2013.
http://www.economist.com/blogs/graphicdetail/2013/06/daily-chart

Nesta mesma edição foi feita uma diferenciação entre armas prontas para uso (deployed) e armas que ainda precisam ser postas em condições de uso (reserve). As armas "reserve" não podem ser usadas imediatamente. Elas ainda precisam ser montadas e preparadas.

Os Estados Unidos é o país com o maior número de armas prontas para uso (deployed). De seu arsenal de 7.650 armas, 2.150 estão prontas para uso. Do arsenal russo de 8.500 armas, 1.800 delas estão prontas para uso. Abaixo segue o gráfico com essa diferenciação.


****Segundo SIPRI, Coréia do Norte detém 7 ogivas nucleares prontas para uso.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Gastos Militares

Informação publicada na versão online da revista britânica "The Economist", em 15 de abril de 2013, na seção "Daily Charts".

Artigo dizendo que gasto mundial no setor militar caiu 0,5% em 2012, para US$ 1,75 trilhões. Esta foi a primeira queda desde 1998.

Apesar de os Estados Unidos ainda serem responsáveis por grande parte desses gastos, a sua parcela nos gastos totais caiu, pela primeira vez desde 1991, para menos de 40%.




A média mundial da relação gastos militares / PIB é de 2,5%. Rússia e Estados Unidos têm média de 4,4% cada (quase o dobro da média mundial). Durante a última década, o orçamento militar chinês aumentou em cerca de 175%, mas mesmo assim, ele ainda representa apenas 2% do PIB chinês.

Dados da revista Economist.
http://www.economist.com/blogs/graphicdetail/2013/04/daily-chart-9


Estatísticas Sociais Alemães

Informções tiradas do site da revista Spiegel, em 31 de maio de 2013.

Link para a reportagem (em alemão):



Gráfico mostrando a distribuição populacional alemã por faixa etária, segundo censo 2011.
A população alemã foi apurada em 2011 como sendo de 80,2 milhões de pessoas.





Dos dados mais relevantes, foi apurado que:

1) Dois-terços da população alemã acima de 74 anos de idade são mulheres;
2) Um-quinto dos alemães tem mais de 65 anos de idade;
3) Cerca de 15 milhões de alemães têm ascendência estrangeira; 
4) Há 38.000 casais homossexuais (de um universo de 18,2 milhões de casais);
5) Há 41,3 milhões de apartamentos, distribuídos em 19 milhões de prédios;
6) Cerca de 4,5% dos apartamentos na Alemanha estão vazios;
7) Cerca de 100.000 apartamentos na Alemanha não têm nenhum tipo que aquecimento;
8) Cerca de 340.000 apartamentos na Alemanha têm vasos-sanitários coletivos (uso comum com outros apartamentos do mesmo andar);
9) Cerca de 45,8% da população alemã mora em casa própria;
10) A área média dos apartamentos na Alemanha é de 90,4 metros-quadrados;
11) 40 milhões de pessoas têm trabalho, enquanto que na data da pesquisa, 2,1 milhões de alemães não tinham trabalho;
12) Cerca de 10 milhões de alemães têm um diploma universitário.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ethanol Market US and Brazil

Excerpt taken out of an article named "Ethanol: logic of circular biofuel trade comes into question". Posted on the online version of the Financial Times, on May, 16th, 2013.
http://www.ft.com/cms/s/0/e4baefbe-b0d6-11e2-9f24-00144feabdc0.html#ixzz2TW1PlBwi



...The US and Brazil, the giants of the market, together produce 87 per cent of the world’s output, according to analysts FO Licht. The US product is largely distilled from corn, while Brazil makes ethanol from its sugar cane crop. For the engine of a car, the two vintages are virtually identical. Yet in the eyes of the law they are quite distinct.

This helps explain why the US and Brazil are shipping one another ethanol at great expense rather than simply using it at home.

Washington is weaning its domestic ethanol industry off subsidies. In 2011 a tax credit for ethanol blenders expired, as did a corresponding import tariff.
But the industry still has the support of a government mandate requiring domestic ethanol consumption to grow each year. The mandate is indirectly helping to drive imports from Brazil.
The mandate, known as the renewable fuel standard, is split between volumes for traditional corn-based ethanol and “advanced biofuels” whose production releases less greenhouse gas impacts than ploughing fields for grain.

Corn ethanol has the biggest share, but the advanced biofuel requirement is growing more rapidly.

US production of advanced biofuels has not matched government expectations.
To meet the mandate, fuel companies are allowed to import sugar cane ethanol, mainly from Brazil. The US Environmental Protection Agency estimates about 15.9m barrels of sugar ethanol imports will be needed this year.

“As the mandate grows, ethanol imports rise accordingly,” say economists at the University of Missouri’s Food and Agricultural Policy Research Institute.

Another US policy encouraging Brazil to export ethanol is set by California. The state, known for standard-setting vehicular pollution controls, welcomes the use of sugar cane ethanol to satisfy its low carbon fuel standard programme.

In the reverse direction, US ethanol exports to Brazil are well below a peak of 9.4m barrels reached in 2011 when the South American country suffered poor sugar harvests.
The Brazilian ethanol industry has also been hurt by domestic government policies that have kept petrol prices artificially low to fight inflation.

This year, Brasilia raised the required ethanol blending rate to 25 per cent from 20 per cent of motor fuel in a bid to help the domestic biofuel industry. But imports from the US are expected to continue nonetheless.

The US corn-based ethanol industry has more capacity than needed for a domestic fuel market where demand is weak and most fuel companies refuse to blend more than 10 per cent ethanol with petrol.

Brazilian imports arriving under the advanced biofuels mandate further add to supplies. So a portion of the relatively cheap, unwanted corn ethanol barrels flows back to Brazil.
The Energy Information Administration, in a note last year, called it a “complex environment” where blenders and ethanol producers “not only have to produce enough corn ethanol to meet the overall renewable fuels mandate, but ... must also import significant volumes of sugar cane ethanol to meet the advanced biofuel mandate, all in the face of demand constraints”...

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Unir ou desunir...os alemães são por desunir.

"...There is growing scepticism about the European project. According to recent polls, a majority of Germans think they would be better off without the euro, and many would be rid of the EU too. In France a majority of those who voted for the Maastricht treaty would not do so again. In Spain, though, a majority wants to deepen euro-zone integration.
Eurosceptic and Europhobic parties are claiming substantial chunks of electorates. In the Dutch elections this month centrists may have made a comeback, but often by adopting a tough line on bail-outs for troubled countries. In many places, there is a growing cry for citizens to be consulted directly in a referendum, albeit for different reasons. In Britain, Eurosceptics hope to win a vote to leave the EU whereas in Germany the pro-EU elite wants a referendum to change the constitution to give more powers to Brussels..."

Artigo muito bacana da revista "The Economist" (edição eletrônica) sobre a União Européia.

http://www.economist.com/node/21563345
Excerto tirado do artigo "US Grads work as waiters while Italy's remain Jobless", do site da Bloomberg.com, no dia 26.09.2012.

"...

‘Lost Generation’

Jeffrey Joerres, chief executive officer of ManpowerGroup, a Milwaukee-based temporary staffing company, says he worries about the consequences for the greater U.S. economy as well.
“The result will be the same” in the U.S. as it was in Europe, “which is a lost generation and an inability to get back those earnings,” he said. “You worry about productivity loss and you worry about the social costs associated with it.”
Graduates who don’t find appropriate jobs are “missing out on all that time to learn how to be a good worker,” said Thomas Mroz, a professor of labor economics at Clemson University inSouth Carolina. “Things like going to an office every day and greeting customers -- those are things you get better at with practice. You don’t learn it in school.”
For U.S. employers, the worry is that they will end up with a dearth of proficient, motivated workers to keep U.S. businesses competitive, according to Joerres. The longer youth remain shut out of training opportunities, the greater this risk, he said.

No Experience

“The current 25-year-old 10 years from now isn’t going to have the right kind of experience in their background” to become the “first-line and second-line managers,” he said. “You need to act quickly to get these young people some job experience.”
In Europe, the euro countries’ debt crisis is eroding young people’s opportunities from Spain to the U.K. Italy’s 15-to-24 year-olds watched the ranks of their jobless rise to 35.3 percent in July, almost doubling over five years and surpassing the highs reached in the 1990s. Youth unemployment in the European Union was 22.5 percent in July, close to 22.6 percent in May. That was the highest since the euro was created in 1999.
..."
O link para a matéria completa:
O ponto central deste artigo é a dificuldade que profissionais com curso universitário têm para encontrar emprego em sua área por consequência da crise econômica.
A matéria afirma que além de se "jogar fora" pessoas com talento, aquelas que eventualmente conseguirem trabalho na área de atuação desejada, terão perdido muito tempo, e, por consequência, não terão experiência necessária, que seria compatível com a idade.